quarta-feira, 23 de abril de 2014

A Política do Pão e Circo
A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.

Com a sua gradual expansão, o Império Romano tornou-se um estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma, tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e culturais na época de seu auge. Isso fez naturalmente com que a cidade se expandisse, com gente vindo das mais diferentes regiões em busca de uma vida melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo, pessoas humildes e de poucas condições financeiras iam se acotovelando nas periferias de Roma, em habitações com conforto mínimo, espaço reduzido, de pouco ou nenhum saneamento básico, e que eram exploradas em empregos de muito trabalho braçal e pouco retorno financeiro.
Esses ingredientes, em qualquer sociedade são perfeitos para detonarem revoltas sociais de grandes dimensões. Para evitar isso, os imperadores optaram por uma solução paliativa, que envolvia a distribuição de cereais, e a promoção de vários eventos para entreter e distrair o povo dos problemas mais sérios na fundação da sociedade romana.
Assim, nos tempos de crise, em especial no tempo do Império, as autoridades acalmavam o povo com a a construção de enormes arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, animais ferozes, corridas de bigas, quadrigas, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, artistas de teatro e corridas de cavalo. Outro costume dos imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico de Minucius. Basicamente, estes "presentes" ao povo romano garantia que a plebe não morresse de fome e tampouco de aborrecimento. A vantagem de tal prática era que, ao mesmo tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a popularidade do imperador entre os mais humildes ficava consolidada.
Para os espetáculos eram reservados aproximadamente 182 dias no ano (para cada dia útil havia um ou dois dias de feriado). Os espetáculos que foram se desenvolvendo em cada uma dessas férias romanas, tinham sua origem na religião. Os romanos nunca deixavam de cumprir as solenidades, porém não mais as compreendiam e os festejos foram deixando de ter um caráter sagrado e passando a saciar somente os prazeres de quem os assistia.
Bianca Fernandes.

Arte Grega
Características da arte grega, escultura, pintura, arquitetura na Grécia Antiga, história da arte grega.

 

Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.
Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.
 
A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos:
1 – Coríntio -  pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas.
2 – Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza.
3 – Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular
 
Exemplos de construções da Grécia Antiga:
- Estátua de Zeus em Olímpia
- Parneton de Atenas
- Colosso de Rodes
- Tempo de Ártemis em Éfeso
- Farol de Alexandria
arte grega - vaso grego 
Pintura Grega 
Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega
. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios.
 
Escultura Grega
As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. 

A arte grega é uma arte mais ligada a inteligência, pois seus reis eram seres inteligentes, que se dedicavam única e exclusivamente a proporcionar bem estar ao povo grego. Os gregos contemplam a natureza e outras belezas e costumam exprimir isso na arte. Os gregos buscam a perfeição e possuem características como a democracia, o racionalismo e amor pela beleza e pela vida.
Os escultores gregos sempre buscavam retratar o corpo humano em sua perfeição. Muitos escultores esculpiam sua obras nuas, sem nenhuma vestimenta, pois acreditavam que a beleza está no corpo nu, natural, como veio ao mundo. Eles retratavam os seres humanos de acordo com sua alma e espírito e não apenas de acordo com a idade e personalidade, era algo muito mais profundo. Tais esculturas e obras podem ser conferidas nos inúmeros museus da Grécia.

Beatriz Pimentel e Caroline Freitas
                                   Ciência Grega

 
 A maioria dos povos antigos (egípcios, chineses, hindus, mesopotâmicos e mesmo os gregos) já possuíam, desde a Idade da Pedra, um enorme cabedal de conhecimentos práticos e eficazes, adquiridos empiricamente através de observações razoavelmente acuradas. Mas foi somente por volta de -600, na Grécia, que os filósofos pré-socráticos deram o primeiro impulso em direção ao pensamento científico.
Durante muito tempo os intelectuais gregos não distinguiram claramente a ciência da filosofia, e mesmo o filósofo Aristóteles (-384/-322), que exerceu enorme influência no pensamento filosófico-científico ocidental durante a Idade Média e Renascença, nunca recorreu à experimentação para consolidar suas minuciosas observações.
Somente duas disciplinas começaram o longo processo de separação da filosofia durante a Antigüidade, a Medicina e a Física. Nos séculos -IV e -V a Medicina consolidou os princípios essenciais que norteiam os médicos até hoje, e a Matemática e a Física Mecânica receberam grande impulso com os trabalhos do matemático, astrônomo e inventor Arquimedes (-287/-212), que além de grande teórico era um engenhoso inventor e em seus estudos recorreu algumas vezes a experimentos.
As demais ciências continuaram ligadas à filosofia em maior ou menor grau durante toda a Antigüidade, e além dela. A ciência, tal qual a conhecemos, começou há apenas 400 anos, em plena Renascença. E foi o físico e astrônomo italiano Galileu Galei (1564/1642) quem estabeleceu, a despeito das perseguições movidas pela Inquisição, o princípio da experimentação e enunciação matemática do resultado dos experimentos como os pilares fundamentais do conhecimento científico.

Mariana Oliveira
Escravidão na Grécia Antiga
 
 
A escravidão era prática comum e componente integral da vida na Grécia Antiga, ao longo de toda a sua história, da mesma maneira que nas demais sociedades antigas. Estima-se que em Atenas a maioria dos cidadãos tinha pelo menos um escravo. A maior parte dos escritores do período antigo considerava a escravidão não só como algo natural, mas como algo necessário, porém alguns debates isolados ocorreram, especialmente nos diálogos socráticos.
 
Introdução 
Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava.
Tornando-se um escravo

Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em
Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas).

Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.

O trabalho escravo

A mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia Antiga. Os trabalhos manuais, principalmente os pesados, eram rejeitados pelos cidadãos gregos. O grande filósofo grego
Platão demonstrou esta visão: “É próprio de um homem bem-nascido desprezar o trabalho”. Logo, os cidadãos gregos valorizavam apenas as atividades intelectuais, artísticas e políticas. Os trabalhos nos campos, nas minas de minérios, nas olarias e na construção civil, por exemplo, eram executados por escravos.

A mão-de-obra escrava também era muito utilizada no meio doméstico. Eles faziam os serviços de limpeza, preparavam a alimentação e até cuidavam dos filhos de seu proprietário. Estes escravos que atuavam dentro do lar possuíam uma condição de vida muito melhor que os outros.

Por: Pedro